domingo, 17 de agosto de 2014

Cap.05


      A cidade de Vayejeg, fica nos arredores de uma floresta, que meus rapazes chamaram de Floresta de Grimsdell, entramos na floresta de arvores densas, uma vez mais lembrei dos ensinamentos de Rowan, e analizei o cenário, a floresta não dava espaço para eu manobrar o cavalo, resolvi que deviamos nos esgueirar e tentar surpreendelos, na vila fiquei sabendo que eram em dezoito homens o bando, sete nos liquidamos perto de Sargoth, faltam apenas onze para termos sucesso.
       O local do esconderijo era uma clareira mais ao centro da floresta, eles tinham se apossado de uma cabana de caçadores proxima a uma caverna, mandei Robert como um batedor, para obter mais detalhes de como eles estavam dispostos, "olha chefe, eles estão com tres homens em cada extremidade da entrada da clareira, dois estavam na cabana separando os despojos do ultimo saque e tres estavam com o primo do mercador, resolvi então optar por uma abordagem sorrateira, eu e mais tres homens por um lado, e os outros pelo outro lado ao mesmo tempo, eles realmente não esperavam esse ataque surpresa.
      Os vilões que estavam do lado que atacamos, cairam como folhas caem no outono das arvores, os do outro lado deram mais trabalho, mas cairam igualmente, o rapaz ao meu lado de nome Joffrey, estava com um arco de caça meio gasto me pediu permissão para derrubar os dois que estavam dentro da cabana, ele disse que era garantido que os dois na cabana não escapariam, ponderei por alguns segundos e liberei ele para fazer os disparos, realmente ele é muito bom, foram uma sucessão de disparos perfeita,em questão de segundos restavam apenas tres bandidos, estavamos em plena vantagem, os rapazes que estavam do outro lado desceram o aclive e fizeram uma algazarra, os tres valentões sairam bradando impropérios e outras coisas que nem é bom lembrar, estavam tão cegos com o subito ataque que não viram nós passando e tomando as costas deles, quando se deram conta estavam completamente cercados, os tres pareciam um podium de torneio, um mais alto e os outros dois menores, fazendo uma escada, o terceiro lugar, era amarelo seguramente um khergita, pequeno e esguio bradava um sabre ameaçador, o segundo lugar era um pouco mais alto do turbante que usava aparecia apenas os olhos, e ele tinha uma adaga e uma cimitarra.
      Primeiro lugar, era realmente ameaçador, uma cabeça mais alto que eu, e duas vezes mais largo, usava uma clava com pregos como arma, senti um calafrio quando o primeiro lugar me atacou, deu tempo apenas de bloquear a clava com o escudo, a força da pancada mais parecia que eu tinha sido atropelado por um ariete, quando eu me recuperei da lambada tentei contra-atacar com um uma arremetida no pulso do gigante, mas fui bloqueado pela manopla dele, quando ele atacou de novo eu ja esperava e pude usar a força dele contra ele mesmo, quando a clava atingiu o escudo eu a desloquei para o lado, e tive toda a lateral do safado a minha disposição, ao contrário da cimitarra e do sabre, a espada bastarda tanto serve para golpear quanto para estocar e foi exatamente isso que fiz, ele perdeu as forças e soltou a clava, quando segundo e terceiro lugar se deram conta que o grandalhão tinha caído, tentaram nos atacar mas com a superioridade de três para um eles foram subjugados com facilidade, falei para os rapazes olharem a cabana e verem se ainda tinha alguma coisa de valor lá enquanto eu ia falar com o primo do mercador.
      O primo do mercador era um jovem de aproximadamente uns doze anos, estava castigado pelo cárcere mas estava bem, pensou inicialmente que éramos outro bando que veio para tomar o lugar do último, quando expliquei ele desmaiou de tão aliviado que estava, será que essa raça de mercadores caraldianos são assim todos frescos? Achamos algumas armaduras e muitos pães e salsichas, o que foi muito bom para nossos estômagos cansados de comer repolhos, como ja era madrugada avançada quando terminamos de contabilizar e organizar nossos estoques de comida e armas, tanto para usarmos quanto para vender, resolvi que seria melhor irmos ao amanhecer.

CONTINUA

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