segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Cap. 08


Arena de Tihr


      Ouvi dizer que alguns nobres gostam de participar ao lado dos plebeus para mostrar sua força e habilidade superiores, muito bem hoje é dia de mostrar a esses exibidos que pode sim ter alguém que pode se equiparar a eles, vi o quanto pedem nas apostas e parece que ninguém põe fé em mim, 13 para 1 não é uma boa perspectiva de inicio, mas confio que tenho algumas habilidades bem desenvolvidas para lidar com isso, está na hora de fazer o jogo deles então, "100 coroas em Erak Starfollower!", bradei com toda a minha autoridade, um grupo de veteranos riu de mim e ouvi aqui e ali que me fariam em pedaços em muito pouco tempo, não me abati, pois muitos deles nunca viram um combate real só vivem em prol de torneios, me dirigi ao corretor de apostas que me recebeu com um sorrisinho muito cinico, " Tem certeza que ja quer ir deixando as suas coroas comigo rapaz? Muito bem se assim que desejas, assim será e se por um acaso você for progredindo no torneio, pode ir aumentando o montante que estará a sua disposição se você for o campeão, inicialmente se você se classificar para a próxima fase já terá em caixa 1300 coroas". Com essa motivação extra, não foi dificil encontrar animo e entrar na arena.
      Para um rapaz de 25 anos, criado em uma fazenda, no interior de uma ilha, ver aquela agitação da torcida e entrar propriamente em uma arena, é um momento inesquecivel, mágico até, e muito, muito desconcertante, mas eu ja havia resolvido que seria consagrado vencedor deste torneio, e nada me desviaria de meu propósito, mas quando o mestre de cerimonias me chamou, senti uma fisgada na barriga do tipo que gela todo o corpo, fiquei com medo dessa reação, e muito mais medo quando o torneio começou. Foi uma gritaria, todos os participantes divididos em equipes correndo para cima uns dos outros e eu exatamente no ponto de encontro, não que eu seja uma pessoa medrosa, mas 31 pessoas correndo em sua direção com um olhar maniaco, é assustador, pode ter certeza disso,  me deram para essa rodada um machado de treino, igual ao de combate, com uma unica diferença, a lâmina é de madeira e não aço, machuca, deixa marcas mas não mata, deixa inconsciente, quando se esta em combate sempre deve-se levar em conta estratégias de combate, o terreno, levar uma vantagem sobre seus adversários,no torneio apenas deve-se lembrar de nocautear antes de ser nocauteado, quando o primeiro adiversario chegou em mim oude ver que era um soldado contratado, tamanha desenvoltura e agilidade só se alcançam com muitos e muitos anos de pratica, deixei minha mente em branco, não senti mais nenhum temor, apenas a necessidade de sobrevivencia tomou conta de mim, deixei os instintos fazerem o que quisessem comigo, esperei o soldado erguer a espada, e abaixar o escudo para atacar, dei uma pancada com a parte posterior do machado no abdome dele e com o escudo golpeei o mais forte que consegui com a pouca distancia que eu tinha, outro membro do time que eu estava o golpeou pelas costas fazendo-o cair por terra, fui em direção ao guerreiro mais  próximo, ele estava preocupado em se manter fora da linha de tiro de um arqueio, bem não se pode dizer que el não escapou do arqueiro, mas escapar de mim foi muito mais dificil,enquanto ele corria em zigue-zague, eu flanqueei e consegui desferir um golpe mais eficaz, na altura da nuca. Pude então correr para o arqueiro, já que era ele quem mais me preocupava, os arcos em longa distancia são armas maravilhosas mas de perto, não se tem mobilidade, por isso o arqueiro quando eu cheguei mais perto trocou o arco por uma adaga, ele não perdeu tempo afinal ja tinha visto o que eu tinha feito ao outro competidor, deu um pulo em minha direção com a adaga descendo assustadoramente rápida e certeira em meu pescoço, consegui levantar o escudo a tempo e desviar a lâmina, com o impacto ele caiu desengonçado me dando tempo de desferir um corte em diagonal no ombro dele, a pancada foi tão forte que eu senti os ossos dele quebrando sob meu machado.
      quando olhei ao redor somente eu e dois nobres estávamos de pé, amarelo, verde e vermelho, Jarl Faarn que ostentava a cor vermelha veio para cima de mim dando um show de destreza, pensei que se fosse para eu desmaiar que fosse então atacando, e não defendendo, corri para ele já fazendo menção de dar uma cortada lateral com o machado, um blefe, quando ele se posicionou para receber o golpe com o escudo a frente do corpo, ja premeditando como seria o contragolpe, eu larguei todo o meu peso no escudo, fazendo assim ele se desequilibrar e dar um passo para traz, eu não havia previsto, mas precisamente atraz de Jarl Faarn havia um guerreiro desmaiado, ele tropeçou no caido se estatelando no chão, me adiantei a qualquer reação e desferi um chute forte na cabeça dele, deixando ele ali desmaiado, Jalr Reamald, dono da cor amarela, um veterano com seus cinquenta e poucos anos, esperou até eu terminar com meu último adversário, para investir em minha direção, voltei a infancia naquele momento, quando eu era pequeno adorava pregar peças em todos os meus amigos e tinha a mania de sempre que alguem corria em minha direção eu fazer o mesmo e desviar no ultimo minuto deixando apenas a perna pelo caminho do meu adversário em questão, fiz o mesmo com o velho Jarl, não deu certo, ele entendeu minha artimanha e deu um salto no último instante, eu não esperava que ele notasse, mas já que a velha cobra viu, tive que fazer o impensado, quando em são consciencia algum combatente troca de armas no meio do combate? Bem eu fiz isso,  e deu certo afinal larguei tudo e corri para o mesmo lugar onde nocauteei o arqueiro, como sou mais novo e mais agil consegui chegar lá com tempo suficiente para um disparo, apenas um, puxei a flecha e a disparei com toda a minha força, rezando para que desse certo, a flecha foi parar no escudo dele, mas com toda a força que despachei o projétil, o escudo quebrou, o nobre se assustou com a força da flechada, tive tempo de juntar uma espada de duas mãos, com uma estocada consegui derrubar o Jarl, que não entendeu muito o que se passou.
CONTINUA

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