domingo, 17 de agosto de 2014

CAP 07


"Todas as pessoas aqui na cidade só falam de você rapaz, e acho que tenho exatamente aquilo que procuras."
"Bem senhor, estou a procura de trabalho para mim e meus homens."
"Vá a aldeia de Jelbegi, e fale com o ancião de lá, eles devem apreciar a presença de um guerreiro experimentado como você por lá."
     E foi assim que nós voltamos para a estrada, só que dessa vez, estávamos com o bolso cheio, passamos em Kwynn no caminho, e para minha surpresa, sabiam quem eu era e além de comprar alguns mantimentos, mais 3 jovens vieram até mim pedindo para me acompanhar em minhas empreitadas, logo o meu bando que era de sete guerreiros aumentou para dez.
      Estes por incrível que pareça já vieram com um armamento mais decente que meus veteranos no dia em que se uniram a mim, quando eu perguntei de onde eram aquelas armas, o mais jovem e animado deles me disse que eram a herança de familia, que o pai de cada um deles havia lutado ao lado do Rei Martin, hoje eles não passavam de anciões que não tinham mais força para brandir aquelas armas. Continuamos nossa jornada em direção a Tihr para que eu pudesse mandar um pombo até Rowan e avisar a ele que estava me tornando um bem sucedido capitão com meu próprio grupo de combate, quando se conhece um caminho, se tem a impressão de que o tempo passa mais depressa, quando me dei conta ja estavamos na encruzilhada que leva a vila de Haen, decidi ir até lá para ver se teria mais algum voluntário para se juntar a minha causa, afinal se deu certo em uma, porque não dar certo na outra.
      Fui bem recebido em Haen e depois de uma breve audiência com o ancião, fui conversar com alguns jovens que estavam sedentos por tentar a própria sorte em batalhas, foi uma conversa muito produtiva, em um quarto de hora conversando consegui mais cinco combatentes a minha causa, três deles já eram hábeis com o arco e flecha, pois alem de ajudar na agricultura do vilarejo ainda caçavam cervos na floresta adjacente a vila. Ainda me lembro das palavras do jovem Stugar, “não vejo a hora de rachar uns crânios com meu machado”. Realmente ele está empolgado, como já estava para chegar o inicio da noite o ancião convidou meus homens e eu para pernoitarmos na vila, e me contou sobre o torneio e banquete que estava sendo oferecido em Tihr, quando eu estava na taverna falei com um bardo que me disse que banquetes são ótimas formas de se conhecer donzelas e arrumar um bom casamento. A idéia de casamento não me atrai muito, mas flertar com uma jovem dama e a encontrar de tempos em tempos me soa muito agradável aos ouvidos.
      Não consigo pregar os olhos, toda a vez que tento dormir tenho aquele sonho insano, sempre vejo o casal sem rosto me arrastar para a escuridão e nada posso fazer, nada mais me resta nesta noite a não ser observar as estrelas e esperar a noite passar, nos meus devaneios acabei por decidir que irei participar do torneio, e sairei vencedor, segundo o ancião o torneio se inicia daqui a dois dias, terei tempo para descansar e mostrar a eles que posso muito bem entrar nesse banquete, mesmo usando essas minhas roupas que não passam de trapos.

CONTINUA

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